segunda-feira, 21 de setembro de 2009

LETRAMENTO SOCIAL X LETRAMENTO ESCOLAR


No módulo 2 da interdisciplina de Linguagem e Educação, os principais objetos de estudo foram uma apresentação em Power Point - Práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social)

e um
Texto - Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006).

Depois da análise das imagens do PowerPoint e da leitura do texto, a reflexão:

“Por que a autora afirma que a escola, sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?”

Alguns trechos do
texto produzido e postado no webfolio do Rooda:
Segundo a autora, a escola não valoriza a participação dos indivíduos em diversos eventos de letramento (situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre os participantes como em relação aos processos e estratégias interpretativas) fora do ambiente escolar, nem a aprendizagem (in)formal de práticas discursivas, letradas.
...
Todo o (vasto) conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto siste­ma simbólico e enquanto tecnologia, em contextos especí­ficos, para objetivos específicos (cf. Scribner e Cole, 1981) – como pode ser definido hoje o letramento – é ignorado pela maioria das práticas “alfabetizadoras”.
...
Mesmo atuando em uma escola de educação infantil – com alunos de 3 anos – onde a alfabetização não é um objetivo, muitas atividades que desenvolvo com minha turma visam a compreensão da função social da leitura e da escrita, através do contato direto com o universo letrado, que faz parte do seu cotidiano familiar e escolar.
São exemplos disso:
- a comunicação escola – família via bilhetes;
- os comentários sobre placas vistas nas caminhadas;
- a redação conjunta de canções, frases explicativas, histórias;
- a leitura de livros, revistas, jornais...

Assim, certamente contribuo de forma positiva para a futura alfabetização dessas crianças!

EJA - Parecer CEB 11/2000

Na Unidade 1 dessa interdisciplina – História da Educação de Jovens e Adultos e Políticas Públicas - o grupo 7 envolveu-se na produção de reflexões que possibilitaram uma aproximação mais responsável da realidade dessa área da educação escolar. Através do Parecer CEB no 11/2000, elaborado por Carlos Roberto Jamil Cury (membro do Conselho Nacional de Educação), inteiramo-nos das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, bem como debatemos sobre algumas questões importantes na aula presencial do dia 02/09. Diante da possibilidade de melhor conhecer diferentes aspectos da EJA no que se refere aos seus fundamentos e funções, à sua legislação específica e à sua história, eu e minhas colegas, Emília e Maria Margarete, compartilhamos nossas interpretações por meio do fórum no Rooda, sintetizando-as na postagem das questões propostas.

Reafirmo, depois das leituras e trocas realizadas, que a EJA é uma política reparadora para com aqueles que não tiveram oportunidade de freqüentar a escola e vivenciar a escrita e a leitura e tudo que esse saber traz. Deve, com isso, possibilitar aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura dos canais de participação.
Bons profissionais são imprescindíveis para atuação nesta área e, visando a qualificação do ensino, estes precisam de constantes atualizações, conforme rege o Parecer CEB no 11/2000:
“Muitos destes jovens e adultos se encontram, por vezes, em faixas etárias próximas às dos docentes. Por isso, os docentes deverão se preparar e se qualificar para a constituição de projetos pedagógicos que considerem modelos apropriados a essas características e expectativas. Quando a atuação profissional merecer uma capacitação em serviço, a fim de atender às peculiaridades dessa modalidade de educação, deve-se acionar o disposto no art. 67, II que contempla o aperfeiçoamento profissional continuado dos docentes e, quando e onde couber, o disposto na Res. CNE/CEB 03/97.”

Se, algum dia, eu atuar na EJA, certamente farei uma releitura atenta desse Parecer e, quando pensar nas minhas ações pedagógicas, estarei atenta à realidade de cada aluno ali inserido e na sua relação com o mercado de trabalho, entre outros aspectos do seu saber.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As preocupações de Comenius...



Através do segundo enfoque temático da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, conheci um pouco da vida e da obra do “pai da Didática”, Ian Amos Comênio, um pensador do século XVII. De sua obra principal - “Didática Magna” - li a saudação ao leitor e o índice - realmente muito estranhos, na atualidade!

Os desafios propostos: perceber as preocupações educacionais da obra e encontrar, no meu cotidiano escolar, elementos da pedagogia desse ousado professor... Sim, pois erguia uma voz quase solitária em seu tempo, defendendo a escola como o "locus" fundamental da educação do homem, sintetizando seus ideais educativos na máxima: "Ensinar tudo a todos", que, para ele (1997, p.95), significava os fundamentos, os princípios que permitiriam ao homem se colocar no mundo não apenas como espectador, mas como ator.

Percebi, através das leituras realizadas, que Comênio preocupava-se com o sucesso escolar dos alunos e, na escola de Educação Infantil em que atuo, a maioria dos professores também investe muito esforço na efetiva construção da aprendizagem, sob vários aspectos. Consideramos as necessidades e as capacidades dos alunos e alternamos atividades dirigidas e livres. O bom relacionamento entre todos é incentivado sempre. Muitas vezes, eu também gostaria de descobrir um método com o qual eu “ensinasse” - ou falasse - menos e meus alunos “aprendessem” – ou ouvissem – mais... “Menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil” também seriam bem-vindos, assim como “mais recolhimento, mais atrativos e mais sólidos progressos”! Assim como idealizava Comênio, em minhas propostas de trabalho, incluo a observação e a experimentação, privilegiando a exploração dos cinco sentidos e o estudo, com atividades lúdicas, sobre alguns temas da natureza. Entretanto, percebo uma mistura do novo e do velho na minha prática, pois sou um pouco de tudo o que vivi até agora, no âmbito familiar, escolar e social e, por mais que tente me livrar de certas características indesejáveis, elas afloram... estão por demais enraizadas no meu ser.




quinta-feira, 10 de setembro de 2009

AULA PRESENCIAL NOTA DEZ!!!!!


Realmente, só percebemos o quanto nossa comunicação e percepção estão restritas a alguns tipos de estímulos sensoriais quando tentamos interagir - com o meio ou com o outro - sem essas capacidades com as quais estamos tão acostumados!

Através de algumas histórias, dinâmicas e brincadeiras, a professora Janaína nos desafiou a olhar - e ver - com muito mais atenção... com seus gestos, suas expressões faciais e, principalmente, seu olhar, ela foi tão ou mais eloquente do que um orador talentoso que usa a sua voz para transmitir uma mensagem. Mensagem de respeito, de orgulho, de igualdade na diversidade!

De certa forma, foi um alívio saber que não precisaremos nos tornar "experts" na comunicação através de Libras, mas, sim, conhecer o sujeito surdo, a legislação, a organização das escolas especiais - defendidas pela professora como um importante espaço de interação e aprendizagem.

Afinal, a sociedade deveria oferecer - a todo ser humano, ouvinte ou não - o máximo de oportunidades para que este pudesse usufruir plenamente de sua cidadania. E, dentre essas oportunidades, está uma educação escolar de qualidade.